Análise do Filme “Atlas” da Netflix: Uma Mistura de Ação e Comédia que Não Atinge Seu Potencial
Análise do filme “Atlas” da Netflix: Uma mistura de ação e comédia que não atinge seu potencial
O filme “Atlas”, recentemente lançado na Netflix, é uma tentativa da plataforma de streaming em criar um novo sucesso de ação e ficção científica. Protagonizado por Jennifer Lopez, a trama gira em torno de uma disputa entre a protagonista e seu irmão, um poderoso AI maligno, em um futuro distópico dominado pela tecnologia.
Uma premissa interessante, mas execução aquém
A premissa do filme é bastante interessante, explorando os debates atuais sobre a inteligência artificial e seus possíveis impactos na sociedade. A história de um AI que se revolta contra a humanidade e precisa ser detido pela filha de seu criador original é um cenário que ecoa muitas das preocupações reais sobre o avanço da tecnologia.
No entanto, o filme não consegue aproveitar todo o potencial dessa premissa. Apesar de alguns momentos engraçados e uma relação divertida entre a protagonista e seu assistente AI, a maior parte do filme se mantém demasiadamente séria e previsível, falhando em explorar a complexidade do debate sobre a IA de forma mais aprofundada.
Destaques e decepções
O ponto alto de “Atlas” é, sem dúvida, a interação entre Jennifer Lopez e seu companheiro mecânico, interpretado por Gregory James Cohan. A dupla tem uma química e um bate-papo muito bem executados, trazendo momentos de humor que contrastam com o tom sombrio do restante do filme.
Infelizmente, o antagonista interpretado por Simu Liu não consegue gerar a mesma empatia ou tensão, parecendo mais entediante do que ameaçador. Além disso, o filme perde a oportunidade de explorar com mais profundidade temas como a conexão entre mente humana e IA, algo que é apenas tangenciado.
Conclusão: Potencial não realizado
Em resumo, “Atlas” é um filme que tinha tudo para ser um sucesso, com uma premissa interessante e uma estrela do calibre de Jennifer Lopez. No entanto, a execução aquém do esperado, com uma trama previsível e um desenvolvimento insuficiente dos temas propostos, faz com que o filme não consiga alcançar todo o seu potencial.
Apesar de alguns momentos de diversão, especialmente na interação entre a protagonista e seu assistente AI, “Atlas” acaba se tornando mais um filme de ação e ficção científica mediano, perdendo a oportunidade de se destacar em um gênero cada vez mais saturado.
Referências
WEBSTER, Andrew. Netflix’s ‘Atlas’ is a buddy comedy trying too hard to be a serious action flick. The Verge, 2023.